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ToggleVocê sabia que o Brasil é um dos países mais ricos em biodiversidade do mundo, mas também um dos mais afetados pelo tráfico de animais silvestres? Essa prática ilegal e cruel ameaça a sobrevivência de milhares de espécies e causa graves danos aos ecossistemas e à saúde pública. Por isso, é importante que todos nós façamos a nossa parte para proteger a fauna e combater o tráfico de animais silvestres. Neste artigo, vamos dar 5 dicas de como você pode contribuir para essa causa. Confira!
A história do tráfico de animais silvestres no Brasil
O tráfico de animais silvestres no Brasil é uma atividade antiga, que remonta aos tempos coloniais, quando os europeus levavam as espécies nativas para o exterior, como troféus, curiosidades ou fontes de renda. Com o passar dos anos, o comércio ilegal de animais se intensificou e se diversificou, envolvendo desde caçadores e coletores locais até redes internacionais de contrabando.
Segundo a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (RENCTAS), o Brasil é responsável por cerca de 10% do tráfico mundial de animais silvestres, movimentando cerca de 2 bilhões de dólares por ano. Estima-se que 38 milhões de animais sejam retirados da natureza anualmente, sendo que apenas 10% sobrevivem ao transporte e às condições precárias de cativeiro.
As principais motivações para o tráfico de animais silvestres são: a demanda por animais de estimação exóticos, a exploração de produtos e subprodutos da fauna (como peles, penas, couros, ossos, chifres, etc.), a utilização de animais para fins científicos, religiosos, medicinais ou alimentícios, e a especulação financeira de espécies raras e ameaçadas de extinção.
Como proteger a fauna e combater o tráfico de animais silvestres
O tráfico de animais silvestres é um crime ambiental, previsto na Lei nº 9.605/98, que pode acarretar em pena de detenção de seis meses a um ano, e multa. Além disso, é uma prática que traz sérios prejuízos para a conservação da biodiversidade, para o equilíbrio dos ecossistemas e para a saúde humana, pois pode facilitar a transmissão de doenças entre animais e pessoas.
Portanto, é fundamental que todos nós tomemos atitudes para proteger a fauna e combater o tráfico de animais silvestres. Veja algumas dicas de como você pode fazer isso:
- Não compre nem adote animais silvestres sem a devida autorização dos órgãos ambientais. Lembre-se que, ao adquirir um animal silvestre ilegalmente, você está financiando o tráfico e contribuindo para o sofrimento e a morte de muitos outros animais.
- Denuncie casos de tráfico, caça, cativeiro ou maus-tratos de animais silvestres às autoridades competentes, como o Ibama, a Polícia Ambiental, o Ministério Público ou as ONGs de proteção animal. Você pode fazer isso de forma anônima e segura, por meio de telefone, e-mail ou aplicativos.
- Apoie projetos e instituições que trabalham pela conservação da fauna e pela reabilitação e soltura de animais silvestres. Você pode fazer isso por meio de doações, voluntariado, divulgação ou participação em campanhas e eventos.
- Eduque-se e eduque as outras pessoas sobre a importância da fauna e os problemas do tráfico de animais silvestres. Você pode fazer isso por meio de leituras, cursos, palestras, visitas a centros de educação ambiental, entre outras atividades.
- Respeite e valorize a fauna e a flora do seu entorno. Você pode fazer isso por meio de hábitos sustentáveis, como evitar o desmatamento, a poluição, o desperdício e o consumo excessivo de recursos naturais.
Dúvidas comuns sobre a proteção da fauna e o tráfico de animais silvestres
A seguir, vamos responder algumas dúvidas comuns sobre a proteção da fauna e o tráfico de animais silvestres. Confira!
- Como saber se um animal é silvestre ou doméstico?
Um animal é silvestre quando pertence a uma espécie que vive livremente na natureza, sem depender da intervenção humana para sua sobrevivência. Um animal é doméstico quando pertence a uma espécie que foi domesticada pelo homem ao longo da história, adaptando-se às suas necessidades e condições. Alguns exemplos de animais silvestres são: arara, tucano, macaco, onça, jacaré, etc. Alguns exemplos de animais domésticos são: cachorro, gato, galinha, vaca, cavalo, etc.
- Quais são os órgãos responsáveis pela fiscalização e controle da fauna no Brasil?
Os principais órgãos responsáveis pela fiscalização e controle da fauna no Brasil são: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Ministério do Meio Ambiente (MMA), as Secretarias Estaduais e Municipais de Meio Ambiente, e as Polícias Ambientais Federal, Estadual e Militar.
- O que fazer se encontrar um animal silvestre ferido ou em situação de risco?
Se você encontrar um animal silvestre ferido ou em situação de risco, você deve: manter uma distância segura, observar o comportamento e as condições do animal, acionar os órgãos ambientais ou os serviços de emergência, e seguir as orientações recebidas. Você não deve: tentar capturar, alimentar, medicar ou transportar o animal por conta própria, pois isso pode agravar o seu estado de saúde ou colocar a sua vida em perigo.
Conclusão
Neste artigo, você aprendeu 5 dicas de como proteger a fauna e combater o tráfico de animais silvestres. Você também conheceu um pouco da história, dos impactos e das leis sobre esse tema, e tirou algumas dúvidas comuns. Esperamos que você tenha gostado e que possa colocar em prática as dicas que demos. Lembre-se que a fauna é um patrimônio de todos nós, e que devemos cuidar dela com respeito e responsabilidade.
E você, o que achou deste artigo? Você tem alguma outra dica ou sugestão sobre a proteção da fauna e o tráfico de animais silvestres? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião conosco!
![TRABALHO DE CAMPO FOTO 2 SANTOSFAUNA AMBIENTAL](https://santosfauna.com.br/wp-content/uploads/2023/12/TRABALHO-DE-CAMPO-FOTO-2-SANTOSFAUNA-AMBIENTAL.jpg)
Maria Fernanda Silveira Santos, Bióloga Bacharelado, com Especialização em Consultoria e Licenciamento Ambiental, possui experiência no mercado de trabalho em todo âmbito do Licenciamento Ambiental e tratativas necessárias com os vários Órgãos Ambientais Licenciadores desde o ano de 2015, principalmente em trabalhos com Fauna Silvestre.